O limite entre o sucesso e o fracasso

Tempo de Leitura: 3 minutos

Os principais fatores que definem entre sucesso e fracasso numa indústria de confecção

Muito interessante o fato de uma empresa ter sucesso em sua empreitada enquanto outra fabricante do mesmo produto, mal consegue sobreviver. Estou me referindo ao processo produtivo.

Seria o nível das costureiras que contribuiria para tal diferença? Talvez a potencialidade das costureiras daquela fábrica que tem boa produção seja maior, porém posso afirmar que esse fator é o que menos contribui para essa diferença. Então, qual o segredo?

Alguns fatores são relevantes nesse caso, poderemos citar os mais frequentes:

1. A postura da direção da empresa.

2. O grau de motivação das costureiras. 

3. A dinâmica empregada pela líder do setor.

4. O sistema que a produção adota.

5. A capacidade que a empresa tem em manter as regras criadas.

1. A postura da direção da empresa

Digo que o diretor da empresa precisa participar do dia a dia da produção, mostrando ao pessoal a importância de se atingir resultados. Na verdade, ele “paga” uma encarregada para tal, porém se não houver seu acompanhamento as pessoas envolvidas não sentirão verdadeiramente o peso do seu trabalho. Um ditado popular diz – “os olhos do dono é que engordam o porco”. Não quero acreditar nisso, mas o dono precisa saber se “alguém” está dando de comer a esse porco. Esse alguém é a encarregada. Muitas delas só “levam” ao diretor as informações que lhe convém e nem sempre a verdade. Desta forma quando o diretor da empresa pensa que as coisas são de uma forma geralmente é de outra.

2. O grau de motivação das costureiras.

Arrisco a dizer que é de fundamental importância o grupo estar motivado. Fábrica motivada é aquela que produz, que briga por fazer uma peça a mais. Que tem “motivos” para alcançar metas traçadas. Muitos empresários me questionam de como motivar a equipe. Alguns chegam a dizer, não entendo porque meu pessoal está desmotivado, pois eu pago os salários em dia, recolho os impostos desses salários, dou cesta básica, pago convênio, entre outros benefícios. Então por quê?

Simples, tudo isso não motiva ninguém, fazem parte da obrigação da empresa. Elas desmotivariam se não existissem, porém, não motivam a equipe, quando existem.

Então como motivá-los? Respondo que o melhor motivador é a costureira se sentir segura, com perspectivas, um plano de carreira, ser respeitada como gente e também como profissional. Ela precisará sentir a sua importância dentro da fábrica, enfim, se sentir valorizada. Esses sim são aspectos que motivam, ela precisará sentir que a “empresa” é ela e não o prédio onde trabalha ou as máquinas que utiliza. É um exercício que todos da cúpula da empresa terão que começar a praticar para que seu pessoal, ao longo do tempo, sinta esse comportamento.

3. A dinâmica empregada pela líder do setor

Costumo dizer em minhas palestras que o fato que mais desmotiva uma costureira é enxergar em sua líder uma “banana” e não uma verdadeira líder.

O grupo costuma ficar “a cara do líder”. O líder é o exemplo! Estou cansado de ver grupos com potencial excelente, mas com resultados péssimos, pois sua liderança é péssima. Também costumo ver grupos medianos que se agigantam, pois, sua líder transpira dinamismo.

A dinâmica da encarregada está diretamente ligada aos bons resultados do grupo de trabalho.

Desta forma me arrisco a afirmar que a líder é aquela que alia técnica à garra. Briga por uma peça a mais, respira números, passa essa energia ao grupo.

4. O sistema que a produção adota

Ter um sistema definido e baseado em regras é fundamental para que qualquer grupo possa render bons resultados. Em nosso caso, sugiro que a produção tenha o foco no produto e não na operação. Precisamos lembrar que produção é peça pronta e não uma parte dela. Em primeiro lugar devemos abolir a palavra “adiantar” em produção, pois produção não se adianta, mas faz-se. Tenho presenciado erros lamentáveis de líderes que costumam permitir acúmulos intermediários enormes, pois não querem que as costureiras façam operações que não sabem. A solução seria ensiná-las. Treinamento!

Sugerimos que um sistema adequado ao seu grupo de trabalho seja a TEG, com todas as suas regras e normas de procedimento.

5. A capacidade que a empresa tem em manter as regras criadas

As regras do jogo não podem ser mudadas no meio desse jogo. Elas deverão ser determinadas antes dele começar, por isso é muito importante, estudá-las antecipadamente, não as adotar para depois voltar atrás.

Canso-me de ver empresas que quando conveniente, prometem mundos e fundos aos seus funcionários, porém quando o momento não é bom, mudam aquilo sem explicações, como seu funcionário não fosse importante. Atitude grave, que poderá colocar em risco resultados.

Conclusão

Fracassar ou ter sucesso, produzir ou ser ineficiente depende muito mais de fatores administrativos do que propriamente operacionais. Portanto, senhor empresário, não procure desculpas para seu insucesso, mas note como você está administrando sua confecção e certamente encontrará respostas.

José Roberto Schumacker

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