Criado no pós-guerra, o elastano é a fibra sintética cujo consumo mais cresce no mundo e é encontrado em quase todos os produtos de vestuário.
Sobre o Elastano
Inicialmente, o elastano se inseriu no mundo do vestuário como um substituto da borracha e, com o passar do tempo, tornou-se uma fibra imprescindível para diversos processos e produtos da cadeia têxtil.
Ele é utilizado em artigos de vestuário (moda íntima, moda praia, casual, artigos esportivos e meias), além de fraldas, faixas compressivas e máscaras descartáveis. Todos os tipos de peças de vestuário, abrangendo diferentes faixas de preço – desde as marcas populares até artigos de alto luxo ou produtos de grande apelo tecnológico – usam elastano.
Suas características como alto alongamento e excelente recuperação elástica atribuem funcionalidade com conforto e performance ao produto final, além da versatilidade de poder ser mesclado com diversas fibras, como algodão, nylon, viscose, poliéster e polipropileno, entre outras.
História do Elastano entrelaçada com as décadas
Desenvolvida por cientistas das empresas DuPont e Bayer, que trabalharam em paralelo e de forma independente durante a década de 50, a DuPont foi responsável por lançar a fibra comercialmente em 1962, seguida pela Bayer dois anos mais tarde.
Inicialmente usado em cintas elásticas em substituição à borracha, com vantagens como o menor peso e maior durabilidade, o elastano passou a ser aplicado em outras peças de roupa íntima feminina e em vestuário esportivo (inicialmente em macacões de esqui, nas Olimpíadas de 1968).
Nos produtos conhecidos como moda praia (biquínis, maiôs e sungas), até então se utilizavam malhas fabricadas somente com fio de nylon texturizado, que possuíam alguma capacidade de alongamento, porém com baixa recuperação elástica. A inserção do elastano como fibra auxiliar, além de trazer conforto e ajuste ao corpo, possibilitou ganho de alongamento evitando deformações dos produtos. Quem usa uma peça produzida com elastano, se sente envolvido pelo produto.
Anos de 1980 e as Peças Femininas
Na década de 80, o elastano foi introduzido também em meias-calças, dando-lhes, além do melhor ajuste, uma transparência maior que as produzidas apenas com nylon. Outro artigo lançado nessa mesma década foi a meia-malha de algodão com elastano, usada principalmente em leggings.
No entanto, as capacidades produtivas global e local do elastano eram baixas e menores que a demanda, mantendo-o como uma matéria-prima de nicho, usada apenas nas peças e marcas mais sofisticadas.
Anos 1990 e o Jeans com Elastano
Em 1992, a Hyosung lançou seu elastano com a marca creora®, usando tecnologia própria. Ainda que tivesse uma participação de mercado baixa à época, a direção global do grupo sul-coreano estabeleceu uma meta ambiciosa: se tornar o maior produtor de elastano do mundo.
Enquanto isto, ao longo dos anos 90, produtos como meia soquete e denim passaram a utilizar elastano em sua composição. O jeans com elastano se tornou um best-seller na década seguinte, já que até então era produzido com tecidos completamente rígidos, com zero elasticidade. Com isto, o elastano causou uma revolução nas calças jeans, provendo um ajuste ao corpo impossível até então.
Em paralelo, na virada do milênio, a Hyosung aumentava sua capacidade de produção em Gumi (Coréia do Sul).
Anos 2000, fast fashion e presença do elastano de maneira global
No início dos anos 2000, o elastano passou a ser aplicado em meia-malha de viscose – um componente indispensável, já que a malha 100% viscose tem pouca estabilidade dimensional. O elastano permitia muitos usos e lavações sem perder o tamanho e a modelagem originais da peça. Aquilo que parecia um modismo acabou se tornando um produto indispensável, base de boa parte do chamado “fast fashion”.
As novas demandas do mercado de denim ampliaram a utilização do elastano, visando atender o conforto além do apelo de “colado ao corpo”, possibilitando novos desenvolvimentos de produtos, criando tecidos “elastizados” para o mercado masculino, e causando uma revolução no consumo. Algo similar ocorreu em tecidos planos leves, utilizados em camisaria e até mesmo em vestuário social.
Na primeira década do novo século, foram inauguradas pela Hyosung cinco plantas de elastano, sendo três na China (2001, 2004, 2007), uma no Vietnã (2008) e uma na Turquia (2008), posicionando a empresa como a maior fabricante de elastano global ao final da década, alcançando assim a meta estabelecida na década anterior.
Com o aumento da oferta global, ganhos de escala e redução de preços do elastano, um movimento iniciado no começo da década se consolidou: o elastano como fibra presente em todos os tipos de peças de vestuário e em todas as faixas de preço, desde as marcas populares até as de alto luxo ou grande apelo tecnológico.
Em fins de 2011, a Hyosung começou a operar sua fábrica de elastano creora® no Brasil (na cidade de Araquari, Santa Catarina) – que permitiu sua participação de mercado crescer de 29% para os atuais 65% no Brasil.
Dias de hoje: poliéster, elastano e seu crescimento no Brasil e no mundo
No mundo, enquanto o consumo de demais fibras têxteis subiu cerca de 4% ao ano na década, o consumo do elastano cresce 8% ao ano, algo que só é possível pelo aumento da penetração do elastano em artigos antes “não-elastizados”.
Já no Brasil, enquanto a produção de tecidos e malhas ficou praticamente estagnada ao longo da década, o consumo de elastano seguiu aumentando ao ritmo de 9% ao ano.
Um detalhe fundamental para entender o mercado de vestuário é a crescente participação do poliéster, que pulou de 30% de participação no consumo global para mais de 60% nos últimos 20 anos. É uma fibra com particularidades de processamento (maior atrito no tecimento, maior temperatura de tingimento) e justamente a Hyosung, com creora® PowerFit (Polímero H350), estava melhor preparada para trabalhar com estas condições de processo desafiadoras.
Ao longo da década, a Hyosung ampliou as fábricas de elastano creora® na Turquia, Coréia e China para atender à demanda crescente. Atualmente conta com 10 plantas industriais entre a Coréia do Sul, China, Turquia, Vietnã, Brasil e Índia. A unidade no Brasil se tornou ponto estratégico para produção e distribuição nacional, e também base de distribuição de elastano para países como a Argentina, Peru, Equador, Colômbia, Chile e Paraguai. Em 2021, a Hyosung investe mais R$ 200 milhões na ampliação de sua indústria brasileira, dobrando sua capacidade produtiva, somando 22 mil toneladas/ano de creora®.
Sobre a creora®
creora® é um fio elástico com possibilidade de ser estirado até 500% em relação ao comprimento original, proporcionando conforto e suavidade nos tecidos produzidos em sua composição. creora® já responde por 65% do consumo de elastano das empresas têxteis e de confecção no mercado brasileiro.
Produzido pela Hyosung, líder mundial do segmento, atualmente creora® marca posição no setor têxtil e de confecção como produto inovador, reconhecido mundialmente no mercado por sua alta performance e rendimento de 8 a 10% superior – gerando resultado direto para os produtores de têxteis e confecções.
Os artigos confeccionados com creora® possuem superior qualidade e durabilidade, e sua consistência garante estabilidade produtiva, com risco de rompimento de fibra quase nulo. Possui classe de polímeros que suportam até 135 graus Celsius no processo de tingimento. Com creora® é possível reprocessar tecidos em malhas sem comprometer suas propriedades físicas.
Sobre a Hyosung
A Hyosung é um fabricante abrangente de produtos de classe mundial, fornecendo inovação e soluções para a indústria têxtil. O elastano creora® da Hyosung é a maior marca de elastano do mundo, fornecendo a mais ampla gama de fibras elásticas suportadas por tecnologia e qualidade excepcionais. O Mipan® nylon e poliéster tecnológico oferecem soluções funcionais e sustentáveis de fibras, essenciais para o mercado têxtil.
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Informações para imprensa
Hyosung Brasil
Jessé Moura
Gerente de Marketing
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